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Profissões do futuro: a tecnologia vai acabar com os empregos?

Atualizado: 16 de ago. de 2021



Por Evaldo Oliveira


Todo mundo precisa cuidar de sua vida financeira, não é? É por isso que um dos maiores receios de qualquer família é o desemprego. Afinal, como fazer as compras, pagar as contas ou cuidar dos filhos?

No meio de problemas políticos e sociais, a tecnologia também aparece como um fator decisivo na constituição do mercado de trabalho. As chamadas “profissões do futuro” são constantes tópicos para debate. E tem mesmo que ser…

A imersão da nossa sociedade no desenvolvimento tecnológico aciona novas possibilidades ao mesmo tempo que amplia incertezas quanto ao mercado de trabalho do futuro. O maior risco é a tendência para uma automatização de funções cada vez mais profunda que, até o momento, exigem a expertise humana para ocorrer.

O cenário pode lembrar os filmes e séries de ficção científica, com robôs que atendem clientes e respondem mensagens nas redes sociais (quem nunca ouviu falar de Black Mirror, não é mesmo?), além de sistemas de inteligência artificial que arriscam nos compreender melhor do que nós mesmos.

Mas, afinal, a tecnologia vai acabar com os empregos? Para responder essa questão, elaboramos algumas reflexões a respeito das carreiras do futuro. Vamos embarcar juntos nessa máquina do tempo não tão distópica?


Principais mudanças tecnológicas


Mudanças tecnológicas específicas podem ocasionar verdadeiras revoluções na maneira como as pessoas trabalham. Isso ocorreu em toda a história da humanidade, com a invenção da máquina a vapor, do carro, do telefone… E ainda hoje estamos descobrindo os efeitos da invenção da internet na atividade humana.

Algumas inovações tecnológicas são especialmente importantes na mudança do mundo do trabalho e ditam as novas regras das profissões em alta. São algumas delas:

  • Machine Learning

Também conhecido como “aprendizado da máquina”, nada mais é que a tendência por trás da inteligência artificial cada vez mais sofisticada. Ela é reforçada por empresas gigantes como o Google, que inclusive anunciou recentemente maior investimento e confiança na área.

Nesses sistemas, a máquina é capaz de aprender a partir da interação com um conjunto gigantesco de dados de usuários humanos. Ou seja, a cada vez que buscamos algo no google, mandamos e-mail ou entregamos nossa localização pelo celular, estamos alimentando o aprendizado da máquina.

  • Automação

A automação industrial mudou a paisagem das empresas ao substituir os humanos por robôs quando a atividade é repetitiva, como apertar parafusos. No entanto, a automação que falamos hoje ultrapassa essa limitação.

Ela pode realizar trabalhos de secretariado, como atendimento e registro de ligações, ou podem dirigir um carro sem precisar de um motorista. Já ouviu falar dos carros autodirigidos, certo? Essas mudanças prometem transformar a paisagem dos motoboys, taxistas, entregadores e motoristas em geral. Quem sabe, até tornar o mundo um pouco mais sustentável.

  • Mercado de trabalho global

O surgimento dos smartphones e a democratização da banda larga aceleraram muito o processo de globalização: estamos mais unidos do que nunca. E isso, naturalmente, quebra barreiras para as carreiras do futuro, especialmente porque não precisamos estar em determinados lugares físicos para desempenharmos nossas funções.

O home office é uma promessa não só pela praticidade, mas porque permite que uma empresa norte-americana contrate um brasileiro para ser seu colaborador. Já imaginou essa dinâmica a nível global?


Como se manter atualizado para garantir trabalhos no futuro?


Um dos motes do gênero ficção científica é a expressão “o futuro é agora”. Na verdade, já vivemos em um mundo futurista. Ou você não acha um pouco simbólico que milhões de pessoas andem por aí justamente com androids em seus bolsos?

Então, se quiser evitar a obsolescência no futuro, o primeiro passo é começar a se ----agora mesmo. As tendências que apontamos na seção anterior já estão ocorrendo e não dão sinais de diminuição nos próximos anos — muito pelo contrário.

Mas sem desespero, tudo bem? Podemos afirmar: os empregos não vão acabar. Entretanto, as habilidades desejadas vão se alterar, apontando para exigências cada vez mais diferentes aos profissionais.

Segundo o relatório da agência Mckinsey, até 2030 o mercado de trabalho irá almejar profissionais com habilidades tecnológicas, sociais e emocionais. Ao mesmo tempo, trabalhos manuais e que exijam habilidades físicas irão decrescer, em uma transição para mecanismos automatizados.


Habilidades tecnológicas


Aprender a lidar com a tecnologia já é, hoje em dia, um grande diferencial no mercado de trabalho. Notícias recentes demonstram que mesmo em um país com grande número de desempregados, o setor tecnológico possui uma grande quantidade de vagas não preenchidas.

A mesma reportagem informa que, em apenas em dois meses, mais de duas mil empresas no setor de tecnologia foram criadas no Brasil em 2019. E este boom está longe de acabar: inclinado para a criação de startups e micro empresas que buscam preencher lacunas deixadas pelas gigantes da área.

O que essas empresas buscam são funcionários com capacidade de lidar com problemas e com competência técnica para trabalhar com sistemas de rede, bancos de dados, programação de software e apps para celulares (the future is mobile, o futuro é mobile).

  • Programação

Conhecer a programação de computadores pode se tornar uma habilidade necessária mesmo para quem não trabalha diretamente com o setor de tecnologia. Isso porque ela se tornará uma espécie de linguagem essencial para a compreensão do mundo conectado.

Enquanto muitos empregos podem acabar com a emergência da inteligência artificial, as profissões do futuro pedem o mínimo entendimento da linguagem de programação. Não é para menos que o interesse na área vem se expandindo ao longo dos últimos anos.

Nós, da codeBuddy, acreditamos que o ensino de programação pode contribuir para o raciocínio lógico, e pode ser trabalhado desde cedo, gerando uma relação mais consciente de jovens e crianças com seus gadgets.


Habilidades socioemocionais


Se por um lado devemos aprender a lidar com as máquinas e com a tecnologia smart que abunda em nosso mundo, por outro lado, é justamente nossa humanidade que nos torna únicos. Soa cliché, mas é a verdade.

Por isso que habilidades sociais e emocionais serão importantíssimas no futuro, mais do que já são agora. Expressões como inteligência emocional não podem mais soar estranhas aos nossos ouvidos.

Inclusive, setores como o da Medicina terão grandes mudanças, especialmente em relação ao atendimento, agendamento de consultas, interação com clientes e arquivamento de exames e prontuários. A era de quilos de papel nunca esteve tão perto de acabar.

No entanto, a demanda por enfermeiros(as) e profissionais de saúde, bem como de psicólogos e cuidadores de idosos, tende ao crescimento. São atividades que necessitam da presença humana e dificilmente podem ser realizadas por robôs ou sistemas artificiais.

Não pense, todavia, que o destino do seu filho está necessariamente em uma dessas profissões. Se ele assim desejar, ótimo. Caso contrário: jamais esqueça que, por trás de uma máquina, existe a criatividade de um humano que pensa fora da caixa.

Por fim, qualidades como boa escrita, criatividade e talentos artísticos se tornarão mais valorizadas nas profissões do futuro graças à especificidade humana exigida para que sejam bem executadas. Novamente, estamos falando de criatividade.


Para conferir a postagem original desde artigo, acesse aqui!

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